domingo, 10 de abril de 2011

Aí um dia você começa a falar com as pessoas vítimas das suas escritas. E se sente um otário.

Sem mais.

terça-feira, 1 de março de 2011

Caros leitores imaginários

O que aconteceu foi que 2010 terminou com o Backy e a Gabriela separados. Ela foi para o Canadá e ele ainda é o meu colega da faculdade. Pensei que com a ausência dela a história acabaria. Mas não foi o que aconteceu.
Ontem foi o primeiro dia do semestre. A mesma ladainha de sempre: apresentação. Falava quem queria. O Backy sentado do outro lado da sala. Agora ele é amigo da minha amiga. Uma das colegas se apresentou, disse que tinha 16 anos e etc e tal. Achei estranho, as pessoas terminam o ensino médio, geralmente, com 17. Mas ok, nada para abalar até então.
Na hora do intervalo minha amiga falando com o Backy e ele solta:
-A menina de 16 anos podia ser a minha filha.
E eu, que não posso ficar quieta, falo:
-Só se tu tivesse 30 anos, né.
Nisso dá o sinal, voltamos para a sala. Todos já haviam se apresentado. Eu olhava para o Backy e pensava onde estaria o seu moletom do backyardigans. Ao mesmo tempo, até achava ele meio orgulhoso. Falou que a Gabriela, menina de não mais do que 18 anos, era infantil demais. E eu pensei "Deus, tu não deve ter mais de 20". A luz ofuscando os meus olhos, gerando uma dor de cabeça absurda. Parei de pensar. O Backy era o último para se apresentar.
-Oi, meu nome é blablá, tenho 27 anos e...
Eu só: QQQQQQQQQQQ. Claro que não prestei atenção ao resto.

Recapitulando: o cara tem 27 anos, toca em uma banda famosa (eu já tinha contado isso?), usa um moletom dos backyardigans e tem cara de ter 18 anos. Como assim?

E eu que sou a louca.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Um Backy triste.

Cheguei na sala na segunda e vi o Backy triste. Sua namorada não estava sentada ao seu lado. Fiquei pensando o que teria levado ele a ficar com uma expressão tão digna de pessoas que não gostam dos backys. Só descobri o motivo quando a Gabriela, sua namorada, entrou na sala de não sentou-se do seu lado. Ela nem ao menos se virou para trás para olhá-lo.

Durante o intervalo ela permaneceu fora da sala e ele dentro, a mesma fisionomia triste e desiludida. Então ele recebeu uma mensagem, sorriu e saiu saltitante da sala (como nos clipes dos becky). Voltou tarde pra aula e não foi com a Gabriela como eu pensava. Fiquei pensando o que teria levado para os dois brigarem. Será que gabriella disser que não gostava do desenho infantil e teria ferido o seu coração?

Na saída da aula os dois estavam do lado da sala, discutindo a relação. Hoje já estava tudo bem. Será que Gabriella apresentou Restart para ele?

Oi tio, me dá uma bala?

Foi no semestre passado. O ônibus da faculdade estava voltando e sentou-se do outro lado do corredor um cara com um pacote de balas de goma, aquelas de minhoca. Bem, eu adoro essa bala e óbvio que senti vontade de comer e mais óbvio ainda não tinha um pacote daqueles. Não sou o tipo de pessoa cara-de-pau ou totalmente impulsiva. Sei que quando me dei conta, estava virada pra trás, gritando para os meus amigos:
-Oi, alguém tem bala de goma?
Claro que foi uma indireta pro cara que tinha o pacote das balas. Ele olhou pra mim com uma cara de quem não gosta muito de compartilhar as coisas com estranhos e disse:
-Quer uma bala?
Eu peguei umas 5.
O fato é que ontem estava eu sentada na minha poltrona e o ônibus estava lotado. O cara das balas é sempre o último a entrar no ônibus, logo se viu obrigado a sentar-se do meu lado. Depois de cinco minutos tirou um pacotinho de bala, não as que eu gosto, e me ofereceu. Eu não aceitei. Depois fiquei pensando que na primeira vez que o cara me ofereceu bala ele devia ter pensado que eu era louca ou hipoglicêmica pelo modo como gritei. Pensei que fui burra negando da segunda vez. Eu podia ter dito:
-Aceito sim porque sou hipoglicêmica e, sabe como é, não tenho dinheiro pra comprar doce todo o tempo.
Quem sabe o cara teria se comovido e na próxima vez que me encontrasse me daria unm pacote de balas daquela que eu gosto.
Fui burra.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Atoa.

Aí tem essa menina chata que vai de ônibus comigo pra faculdade. E infelizmente volta. Ela grita o-tempo-todo no caminho. As pessoas que querem dormir se sentam na frente. A parte de trás do ônibus fica pra quem bebe cerveja e conversa. Quem quer ler geralmente senta no meio. Aí ela sente na frente ou no meio pra conversar. Só que ela não conversa, ela grita. Ri o tempo todo, fala de coisas idiotas o tempo todo e não se toca o tempo todo.
Esses dias tinha apresentação de trabalhos na aula de segunda. Cada grupo tinha que apresentar de um modo diferente o que havia entendido de determinado texto. Vídeos, teatros e cartas. Descubro que a menina gritalhona do ônibus é minha colega de segunda. Ela vai até o quadro da sala de aula, desenha um cruz e ao invés de falar "ateu" fala "atoa".
Bem, nunca tinha passado pela minha cabeça que ela seria inteligente.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Final do primeiro semestre na faculdade, palestra sobre fotografia, sala lotada. Sento na minha cadeira desconfortável e pego o livro "O Colecionador", John Fowles, para ser finalizado. Leio duas páginas e o barulho se torna insuportável. Olho para o corredor e a vejo.
Sim, era a Miranda. Cabelo loiro virgem e comprido, olhos doces, roupas limpas e um sorriso extremamente encantador. Não a vejo no final da palestra, as férias chegam e o segundo semestre começa. Primeira aula, segunda classe: Miranda. É claro que eu sorri. Pensei que por traz daquela perfeição física haveria um pouco de inteligência. Como é triste ter que falar que o meu conceito "pessoas exageradamente bonitas não são inteligentes" nunca poderá ser mudado. Miranda abriu a boca apenas no final da aula, meias palavras, achei estranho.
Procurei seu nome na comunidade da faculdade e encontrei. Ela tem fotos semi-nuas no orkut, escreve "quem eu sou" em rosa com erros ortográficos que dão pontadas no coração além de ter uns recados de vadia.
Desisti da Miranda. Na mesma turma da aula de segunda, apareceu uma Gabriela. Gabriela, morena, baixinha, magra, moletons de caveiras e inteligente. Desafia a professora, canta durante a aula e senta com a menina da boina. Começo a observá-la. Três semanas depois descubro que no semestre passado ela era patricinha, usava rosa e falava enrolado. Na semana passada ela começou a namorar um cara que usa moleton dos Backyardigans, o mesmo que eu pensava ser homossexual.

Desisto.


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Talvez seja por isso que eu odeie novelas.

Coincidência ou não, desde que comecei a pintar o cabelo surgiram novelas e eu era sempre acusada de copiar os figurinos (cabelos, ok).
Na sétima série, depois de ter feitos luzes e etc e tal, resolvi pintar as pontas do cabelo de vermelho. Não lembro, de fato, o porquê. Dois meses depois estreou a novela "Alegrifes e Rabujos" (sim, pesquisei no google, claro que eu não ia lembrar o nome). A protagonita tinha as pontas do cabelo pintadas de vermelho. Logo todo mundo começou a me chamar pelo nome dela (que eu não lembro) e a dizer que eu tinha "copiado" o seu cabelo. Não apenas conhecidos me chamavam pelo nome dela, mas desconhecidos que nunca tinham me visto antes mexiam comigo na rua.


Desisti. Era muito esgotante ficar tentando explicar para as pessoas que eu.não.tinha.copiado.o.cabelo.de.uma.pirralha, sem contar as discussões com desconhecidos. Aí na oitava série resolvi pintar a parte de baixo do cabelo e a franja de preto. Tudo ótimo nos primeiros meses. Foi aí que a Avril Lavigne resolveu aparecer com o cabelo "parecido". E claro que novamente eu tive a fama de "sem criatividade", ainda mais porque eu gostava dela, na época. Foi um tanto pior do que na vez anterior.


Meu cabelo ficou assim durante uns quatro meses, no máximo. Não sei da onde surgiu a vontade (ou a ideia) de pintar a franja de vermelho. Isso faz quatro anos, já. Bem, eu pintei. Na época não existia atriz ou cantora que pudessem me comparar. Foram meses tranquilos, onde eu não tive fama nenhuma de cópia. Foi aí que estreou "Rebelde". E não sei da onde tiraram que meu cabelo era parecido com o da Roberta (ou vice-versa). Minha franja era vermelha, ela tinha apenas umas mechas estranhas que nem de longe lembravam de mim. Triste e catastrófico. Eu odiava Rebelde.


No ano seguinte, quis mudar. É que toda vez que o ano começava eu tinha que mudar o cabelo. Mania. Pintei todo o cabelo de vermelho. A Roberta também resolveu mudar e pintou o cabelo de vermelho. O tom era diferente, mas mesmo assim insistiram. Eu era a Roberta da escola, do bairro, da cidade. Desconhecidos me chamavam de Roberta e eu tinha que engolir isso ou jogar um tijolo na cabeça de alguém.


Logo voltei pra minha franja vermelha e pro meu cabelo castanho normal. Já que a Roberta estava com o cabelo todo vermelho, pelo menos ninguém mais ia me "confundir com ela".
Eu podia dizer que depois disso veio a época dos "emos", mas realmente não estou com vontade de falar sobre isso ou pesquisar fotos deles. Enfim, já são quatro anos com o cabelo assim, não mudei mais e sou muito feliz. Posso dizer que no ensino médio umas vadias resolveram copiar o meu cabelo, mas não vale a pena. Um beijo.